Mais um ano se passou e a escrita se conservou intacta, o terceiro ano sagrou-se campeão de mais uma “Lima Mendes”, só que desta vez com um, maior sabor para a nossa turma; pois, pela primeira vez, o troféu, que consagra o espírito de luta e a vibração pelo esporte, foi recebido pelo aluno Rosetti, representando a turma 76, diretamente das mãos do comandante da Escola, provando assim que realmente somos os melhores.
A Lima Mendes, este ano, teve um sabor diferente; pois, das oito modalidades, vencemos sete, perdendo apenas o vôlei para uma equipe realmente melhor; não, que não tivéssemos condições para uma vitória total, pois nossos atletas em muito se empenharam, lutando até o último segundo do “set” que se transformou na derrota de apenas esta modalidade.
Desde 1951, que a competição Lima Mendes existe. Quando a primeira turma da EPCAR chegou ao terceiro ano, e de lá para cá, o troféu passou de uma disputa esportiva entre três turmas para um de nossos marcos anuais mais importantes, chegando a atrair muitas pessoas de fora que, na ânsia de ver uma grande competição, buscam na Lima Mendes a realização deste desejo.
Sim, a Lima Mendes é isto e muito mais, é a guerra das torcidas que colorem com suas bandeiras tanto o campo quanto a quadra.
Se algum dia vocês que, por acaso, leem estas linhas, ouvirem: “juramos que nos apresentaremos na competição desportiva do troféu Tenente Lima Mendes, como concorrentes leais, respeitando o regulamento e desejosos de participar com espírito cavalheiresco, para o bem de nossos esquadrões e para a glória dos desportos da Escola Preparatória de Cadetes do Ar”, lembrem-se que, dali de onde vêm, estão reunidos jovens atletas que em breve darão início a mais um torneio “Troféu Tenente Lima Mendes”.
Futebol
– “Vai Mair, Magal”.
Na arquibancada tudo era festa, Mair fazia mais um gol e o placar aumentava; a cada momento víamos o risco estampado no rosto do Alexandre, estava muito fácil e a alegria era dobrada; dobrada, pois éramos novamente os campeões de uma taça que sempre fora nossa, desde a Lima Mendes de 1977.
Basquete
– “Vejam o placar”.
Choramos, realmente choramos, você também estava conosco nessa festa, embora já tivesse partido ao início do ano. O placar mostrava nossa vitória por 76 a 13 (setenta e seis a treze), mas isso significava muito mais para nós, pois este era o seu número e o seu nome ecoou no ar como um grito de guerra pela nossa vitória, a qual humildemente oferecemos a você amigo BANDEIRA.
Voleibol
– “A equipe do segundo ano venceu”.
Isso soou em nossos ouvidos como se uma bomba tivesse estourado ao lado. A invencibilidade escapava de nossas mãos por pouco. Não que o adversário não merecesse a vitória, mas os nossos erros foram muitos e a qualidade que nos faltara estava toda na outra equipe, que ganhou com grande justiça.
Cross-Country
— “Novo recorde no cross-country”.
Anunciavam os alto-falantes com grande alegria mais uma vitória do terceiro ano e todos comemoravam o novo recorde que o Marques estabelecera. A festa era completa, campeões e detentores de um recorde.
Natação
— “Aos seus lugares”.
Sim, era mais uma das provas de natação e lá estavam Elson e Moerbeck, que, a um só pulo se lançaram à água e ao final estavam disparados na frente, fazendo assim a mais bonita dobradinha da competição. É isso aí, Tubarão na água, em mais uma modalidade, é o campeão.
Tiro
— “Os alunos Piragibe e Pliopas empataram no primeiro lugar.”
Realmente fora demais, dois de nossos atiradores disputando o primeiro lugar, que acabou ficando com o Pliopas, mas o segundo também era nosso, pois aí estava o Piragibe para confirmar nossa vitória.
Judô
– “Sapo, Sapo, Sapo. . .”
. . . Todos gritam e torcem, é a vez do Lopes, ou Sapo, como nós o chamamos, mas todos deram o seu recado: Fleming, Wander, Lébeis, e novamente a taça de judô nos pertenceu, éramos bicampeões, e, cheios de orgulho, voltamos para nossos “apês” aos gritos de 76 é campeão.
Atletismo
— “última chamada para a prova dos cem metros rasos”.
Ao som desta frase, víamos o PaduIa encaminhar-se para o taco e já sabíamos que mais uma medalha de primeiro lugar era nossa, o atletismo foi assim, vitórias do começo ao fim.
ATLETA PADRÃO
Dizem que os atletas já nascem atletas; mas a importância de um grande atleta está baseada na sua vontade de vencer, e é isso que ocorre com você, amigo Elson, detentor de inúmeras medalhas que provam sua grande “performance” desde a primeira Lima Mendes que disputamos. Naquele ano de 1976 foi você um dos que mais alegraram nossa torcida, quando o alto-falante anunciou que a equipe do primeiro ano havia batido um recorde, e você estava lá, emocionado e muito feliz como todos nós. O ano de 1977 também cobriu-lhe de glórias e o ano de 1978 foi a consumação da vitória completa.
Elson, muitos poderão chegar onde você chegou; mas, para nós da turma 76, você é e será sempre, o atleta padrão.