Acampamento

Dia 9 de junto de 1978. Uma Instrução Diferente. O sol não estava para brincadeira. Equipados, parecia que carregávamos um elefante nas costas. Beira de estrada, início de um caminhar.

Próximos de nosso objetivo. A tropa, com excelente moral, soube vencer os obstáculos e desprezar o cansaço imposto pelo calor, poeira e distância. Passos pesados . . .

Chegamos; levantamos acampamento.

As trevas assumiram a mata. Com ela, um friozinho “entra-na-gola”. Participamos das instruções de sobrevivência na selva. Depois, aquele chocolate quentinho revigorou nossas forças.
Silêncio . . .
. . . Escuridão de fundo de poço. Alguns, que não haviam armado suas barracas devidamente, tiveram que fazê-lo: estavam todas no chão.

Já madrugada. Começaram os tiros. Acordamos. O toque de reunir. E o frio.
Como endoutrinamente, alguns exercícios. Voltamos novamente às barracas — dessa vez, dormimos de verdade.

Manhã fria pelo ar, mas espírito quente. Alvorada . . .

Desarmamos as barracas. Equipamo-nos, elefante nas costas. Empreendemos o regresso. Começo de outro caminhar.

Chegamos finalmente à Escola. Restava em nós o cansaço, e algumas bolhas no pé atestavam a aspereza daquela jornada. Mas vencemos. Temos, agora, a certeza de que a barreira de nosso limite não está onde supúnhamos: ela vai além, muito além de nossa imaginação.

Algum dia, ao deitarmo-nos, seremos aqueles jovens vencendo um caminho difícil, conhecendo a força que uma luta traz; algum dia, seremos os homens que, na aspereza do caminho? Saberão se impor, dominar, vencer e progredir.