Após aulas teóricas e demais informações julgadas necessárias, fomos enviados para o Parque Nacional do Xingu. Daí para o Acampamento do PARA-SAR, saindo de um braço morto do Rio Kuluene e passando pelo Rio Ronuro, até atingir o Rio Xingu.
Recebemos o equipamento destinado às 120 horas de sobrevivência e deslocamo-nos por lanchas para os locais previstos para a Operação.
Foram dias passados à mercê da Natureza; dias em que, para subsistir, caçamos, pescamos e colhemos os frutos silvestres. Testamos com a prática, nossa própria resistência física e psicológica e a de nossos companheiros; e a importância do espírito, do corpo, da união de uma equipe foi claramente compreendida como ponto básico para a efetivação de operações semelhantes, onde um elemento depende do grupo e o grupo, do desempenho de cada um dos seus componentes.
Terminado o exercício de sobrevivência, passamos ao Indianismo, visitando as Tribos dos Chicao e Trumai. Na ocasião, tivemos oportunidade de efetuar trocas — o moitará — de diversos materiais por nós levados por artefatos indígenas. Tendo como polo central SBXG, vivem 15 tribos distintas, tendo como único elo falar a língua portuguesa. As tribos com que entramos em contacto encontram-se em extinção e seu estado de penúria é desolador.
Vários objetivos foram alcançados através deste exercício: mais uma turma de Cadetes aprendeu como suplantar situações adversas. O Oficial de amanhã tem, agora, condições de sobreviver num dos meios mais hostis existentes, graças ao empenho e à dedicação do PARA-SAR.